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Corpo do maestro Raul de Barros é enterrado em Maricá

Ele morreu na segunda (8) por insuficiência renal e enfisema pulmonar.
Músico era considerado um dos grandes trombonistas do Brasil.

Rodrigo Vianna Do G1, no Rio

O corpo do maestro Raul Nogueira de Barros foi enterrado na tarde desta terça-feira (9), no Cemitério de Maricá, na Região dos Lagos. Ele morreu na noite de segunda-feira (8), aos 93 anos, em decorrência de uma insuficiência renal e de um enfisema pulmonar, segundo o Hospital Desembargador Leal Junior, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, onde o músico estava internado.

Raul de Barros, que era um especialista do trombone, já tocou em diversas orquestras e com músicos renomados, como Ary Barroso, Pixinguinha e Radamés Gnattali.

Ele tinha sido internado no dia 29 de maio no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá, na Região dos Lagos, com quadro de insuficiência respiratória,  mas foi transferido no dia 3 de junho para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital em Itaboraí.

Raul deixa cinco filhos e a companheira, Romilda Dias Pereira, de 63 anos, com quem vivia desde 1978. Abalada, Romilda contou que conheceu o maestro durante um show no antigo Hotel Nacional, no Rio de Janeiro.

“A gente sempre andava junto para todos os lados. Eu acompanhei o Raul nos shows, em suas viagens e nos programas de televisão. Ele era um ‘carinha’ muito legal, daqueles que chegam atrasados em casa e trazem um lindo buquê de flores. Ele era muito carinhoso”, declarou a companheira emocionada.

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Paixão por Maricá

Amiga do maestro, a cantora Mirene Alvez disse que ele era apaixonado pela cidade de Maricá. Ela ressaltou a importância do nome maestro para a cultura brasileira.

“Ele foi um gênio da música. Ele era maravilhoso, uma pessoa fora de sério, engraçado e brincalhão. Ele escolheu Maricá por amar essa cidade. Mas não parou musicalmente, apesar de estar afastado da mídia, participou de novelas e programas de televisão”, disse a amiga.

Carreira

Um dos grandes trombonistas brasileiros Raul de Barros iniciou seus estudos musicais nos anos de 1930, tendo aulas com Ivo Coutinho. Em 1935, ele iniciou a carreira de músico tocando em clubes de bairros e subúrbios do Rio de Janeiro. Ele chegou à Radio Tupi após conhecer o maestro Carioca.

No início da década de 1940, o maestro passou a acompanhar cantores em gravações e excursionou por Montevidéu, Uruguai, passando em seguida para a Rádio Globo, onde formou sua própria orquestra, tocando no programa "Trem da Alegria".

Foi num concurso promovido pelo crítico Ary Vasconcelos na revista "O Cruzeiro" que Raul de Barros foi eleito o melhor trombonista de 1955. Onze anos depois, ele fez parte da delegação brasileira ao Festival de Arte Negra de Dacar, Senegal, ao lado de Clementina de Jesus, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola e Elton Medeiros, entre outros.

Em 2004, o maestro voltou a se apresentar em shows ao lado do arranjador Rildo Hora na casa de espetáculos "Carioca da Gema", na Lapa, no Centro do Rio.

Junho 11, 2009 - Posted by | cultura, jornalismo

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