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ESTALEIRO À VISTA – Grupo Coreano do setor naval visita Maricá

Fotos: Rosely Pellegrino

Maricá está ganhando importância no setor da indústria naval. Representantes da empresa coreana STX Business Group – conglomerado com atividades em indústria naval, navegação, equipamentos pesados, construção e energia – estiveram na cidade, no dia 20 de junho, conversando com o secretário de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Petróleo, Aleksander Santos. O grupo, que tem como meta ser líder global em construção naval, quer crescer no setor no Brasil. Há possibilidade de o STX investir em novos estaleiros no país. Aleksander ficou encarregado de apresentar a área disponibilizada para a construção naval, em Jaconé, visto que o prefeito estava ausente.

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Após uma reunião realizada no gabinete do prefeito, o secretário levou a equipe da empresa para sobrevoar a área e fazer o reconhecimento da região. O presidente da STX disse que o interesse do grupo no mercado brasileiro é resultado das novas descobertas de campos de óleo e gás no mar, na área do chamado pré-sal.

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O secretário de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Petróleo, Aleksander Santos, apresentando o projeto para a comitiva da empresa STX, previsto para o desenvolvimento do setor naval em Maricá

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Segundo Aleksander, a empresa está tão interessada que já marcaram a visita do presidente mundial da STX para conhecer o local. “Quem veio aqui hoje, foi o presidente nacional, mas gostaram tanto do que viram que já marcaram a visita do presidente mundial da empresa”, revelou o secretário.

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O secretário municipal de Trabalho e Renda, Gegê Galindo e o subsecretário da Região Metropolitana, Alexandre Felipe

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O subsecretário da Região Metropolitana, Alexandre Felipe, veio a Maricá no helicóptero da Polícia Militar, cedido pelo Governo do Estado, para que a comitiva da empresa STX, sobrevoasse a área

Em matérias veiculadas na grande mídia, Marica já aparece como grande pólo naval. O projeto será erguido em área de 5 milhões de m² em Jaconé, recém vendida pela Brascan, para a Gerdau. Um dos responsáveis pela articulação é o empresário Carlos Johannpeter, filho de Jorge Gerdau, que atualmente comanda o Grupo Domus, O investimento total é estimado em R$ 1 bilhão.

A idéia é construir um porto para escoar minério vindo de Minas Gerais. O produto chegaria a Maricá  por ramal ferroviário de 60 quilômetros, a ser construído a partir de Itaboraí. O plano envolve outros grupos interessados em se instalar na região. “A Domus tem um grande projeto para Maricá, mas ainda não é oficial”, disse Johannpeter, sem dar detalhes.

A realização do empreendimento passa por negociações com o município e o governo estadual. A construtora Mendes Junior chegou a encaminhar carta de intenções para criar um estaleiro de construção e manutenção offshore, com faturamento estimado em R$ 400 milhões.

Claudio Nunes,  diretor presidente da CIMAER e  Elói Ferrao, diretor e sócio da CIMATEL, empresa dona da CIMAER, falaram sobre a inauguração do Pólo Aeronáutico e sobre a visita dos representantes da STX em Maricá

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Cláudio Nunes, Diretor Presidente da Cimaer, empresa que trabalha com montagem de aviões experimentais e fabricação de componentes, sendo entrevistado por Luisa Freitas do Jornal Gazeta e por esta editora, jornalista Rosely Pellegrino

“Sou Maricaense porque recebi minha cidadania maricaense. Estou trazendo mais benefícios para o povo de Maricá. Não sou candidato a nada, sou um empresário, com vontade de ajudar. Adotei Maricá como minha cidade de coração. Com incentivo trouxemos a Cimaer para cá e agora estamos trazendo a STX para estudarem a possibilidade de instalar um estaleiro em Maricá, e esperamos que isto se concretize.

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Claudio Nunes em seu avião tendo ao lado o secretário de Trabalho e Renda, Gêge Galindo, preparando-se para sobrevoar a área disponibilizada para instalação do Porto e estaleiros

No dia 9 de julho, segundo o secretário Aleksander, vai haver aqui, em Maricá, o lançamento do Pólo Tecnológico Aeronáutico de Maricá. É a efetivação do pólo. Vamos efetivar, fazer as construções, começar a trabalhar, para poder trazer empresários para Maricá, inclusive aproveitando a mão de obra local que é bastante vantajosa. Nós temos profissionais da área aeronáutica que nós formamos nos últimos dois anos que podem se formar micros e pequenos empresários. Então nós criamos um condomínio aeronáutico. Esse condomínio vai ser composto de 15 hangares, que serão vendidos pela prefeitura a preço de custo. Vamos procurar financiamento através do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, Bradesco, ou qualquer instituição dessas, que possam permitir que o pequeno empresário compre o seu próprio espaço, para poder trabalhar e desenvolver. Esses empresários, ou pessoas que vão se tornar empresárias, são profissionais especializados, como os capoteiro, pessoal que trabalha em eletricidade, elétrica, que fazem manutenção de motores, pintura e outras atividades, que terão foco na área aeronáutica. O tamanho da área é de seis mil metros, vamos construir tendo o apoio do secretário e do prefeito Quaquá, que vão fazer toda infra-estrutura das pistas para os aviões trafegarem e chegarem na porta desses hangares. São 15 empresas a se instalarem lá, cinco de médio porte e 10 de pequeno porte. O objetivo desse condomínio é dar infra-estrutura para o aeroporto, para manutenção dos aviões, para nos ajudar a construir nossos aviões, também, mas o mais importante é que nós estamos tornando os pequenos profissionais especializados em empresários. Eu tenho certeza que daqui a dois anos nós vamos ser um grande pólo tecnológico aeronáutico em Maricá, que vai atrair outras aeronaves, porque Santos Dumont está saturado, Jacarepaguá está saturado, então a opção melhor que existe no Rio de Janeiro chama-se Maricá.

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Elói Ferrao, diretor e sócio da Cimatel, empresa dona da Cimaer, na foto tendo ao lado um dos representantes da STX, comentou a respeito da importância da empresa que estuda a possibilidade de instalar seu estaleiro em Maricá

Os cinco maiores estaleiros do mundo ficam na Coréia, e a STX está entre essas cinco. A STX foi a empresa que mais cresceu nos últimos 10 anos, no mundo. Eles têm uma produção anual de 200 navios. Eles têm uma produção muito grande. Eles já têm uma área no Brasil, e querem investir no país. A STX é uma empresa, que no ano passado faturou 36 bilhões de dólares. É uma empresa muito grande e bem diversificada, porque ela não é só da área naval, ela atua também na área de construção. Estamos querendo coloca-los aqui, também como epecistas, ou seja para fazer construções, eles constroem apartamentos, eles fazem tudo. Eles são bem diversificados. Fabricam motores para a área de termoelétrica, motores a gás, motores a diesel, estão vindo com todo tipo de equipamento. Há algum tempo fomos à Coréia interessados neles, mas não deu em nada. Hoje eles vieram nos procurar para a área de estaleiro, porque a Cimatel, o nosso grupo, nós trabalhamos sempre voltados para a área de Petróleo e Gás. A Cimaer é uma subsidiaria nossa, é uma empresa na qual a Cimatel detém 80% da empresa. Então isso é mais um hobby do Cláudio Nunes, que é meu sócio majoritário. Atualmente nós trabalhamos com 10 empresas grandes da Coréia. É importante ressaltar que a STX constrói navios em deques flutuantes, sem afetar o meio ambiente.

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Após o vôo sobre Maricá a comitiva encerrou a visita com um almoço no Restaurante Caranguejo

Junho 25, 2009 - Posted by | jornalismo, setor naval

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